domingo, 21 de novembro de 2010

Onzes de Setembros

Costume... É, nos acostumamos com a violência.
Acordei tarde hoje, ligo na BandNews FM(96,7) e ainda com aquela cara amassada, pensando no almoço de DOMINGO(sou do tempo em que a macarronada da "vó" era programa sagrado!) escuto as informações passadas diretamente e ao vivo, da redação carioca da rádio: "Ouvintes ligam para a BandNews Fluminense e relatam, em primeira mão(nem as autoridades estavam sabendo) que bandidos fecharam um trecho da Linha Vermelha, estavam assaltando inúmeros motoristas e... QUEIMANDO vários veículos!
Fico aqui, no meu canto, na posição daqueles que formam a audiência, imaginando essas cenas REAIS e que há muito tempo fazem parte do cotidiano da maravilhosa paisagem cantada em prosa e verso, da ainda "Cidade Maravilhosa".
Isso não é guerra?!? Onde estão a Prefeitura, o Governo, a Presidência da República, as Polícias e até as Forças Armadas?!?
O mundo ficou chocado com o 11 de Setembro, fato isolado e arquitetado por organizações terroristas com nome, hierarquia... só falta carteirinha do Sindicato. Com um objetivo: colocar o Império de joelhos.
O mundo fala disso até hoje e houve um esforço também mundial para ajudar os EUA.
O mundo procura Osama todos os dias, inclusive nos sagrados DOMINGOS "macarrônicos".
Enquanto isso, no Brasil(que almeja um assento no Conselho de Segurança da ONU), ninguém faz absolutamente nada. Tratam fatos como esse de hoje, com desdém, como algo corriqueiro, com o qual devemos nos acostumar, o que já ocorre.
Não era, ou melhor, não é o caso e faz tempo, do mundo entrar em cena para acabar de vez com essas cenas de guerra no Brasil?!? Somos ou não somos a bola da vez?!?

O Senhor da Guerra

Surpreendente! Assim defino a entrevista do ex-presidente George W. Bush, que lançou sua autobiografia, à Oprah.
Isso os norte-americanos têm de muito legal, não fogem das perguntas, mesmo as mais cascudas.
Bush filho falou sobre ser chamado de "pouco inteligente"(burro mesmo!), sobre o 11 de Setembro, sobre o Iraque e o NÃO encontro das famigeradas e temidas armas químicas etc.
Foi simpático, sagaz, rápido, engraçado, humilde e, pasmem: inteligente! Mesmo diante dos apertos da Oprah, que perguntou tudo o que tinha de ser perguntado. (Algo raríssimo aqui no Brasil: entrevistados fogem do "pau", ou simplesmente não respondem, ou querem definir as perguntas. E entrevistadores que posam de "amiguinhos" e fazem um jogo de compadres!).
Bushinho fez algumas "mea culpas" e se mostrou arrependido, clara e visivelmente, em rede americana nacional, de algumas decisões e de outras atitudes que culminaram em NÃO decisões.
Esclareceu alguns tópicos para nós que estamos de fora fantasiados de estilingues o tempo inteiro(e é bom que seja assim). Como as coisas funcionam no mais íntimo átomo da Casa Branca.
Obviamente, não tem Santo, de lado nenhum e principalmente não "O" é quem atinge tamanho cume.
Com ou sem máculas, ainda não inventaram maneira melhor de se descobrir o que se passa, do que a franca comunicação. Ampla, geral e irrestrita.