quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Alô... Câmbio!
















Noto cada vez mais que as pessoas não prestam a menor atenção no interlocutor. E não me refiro àquelas que já atingiram a denominada "melhor idade". Pelo contrário, gente que ainda está mais para Balzac.
As conversas invariavelmente começam da estaca zero. As perguntas geralmente são sobre temas já discutidos anterior e recentemente. Ou seja, você fica patinando. Finge que está se falando de algo novo- isso é importante! -porque o protótipo de ouvinte tem certeza de que tal assunto nunca foi mencionado. E vai discordar, vai...
Como razoável pensador de boteco, enxergo duas explicações para tal fenômeno da distração:

1)o excesso de informação(99% inútil, mas os caras consomem, fazer o quê?!) faz com que o cerébro tente pensar em várias coisas ao mesmo tempo. Tenta, mas não consegue e um monte vai por água abaixo; *Ah, e muita DESinformação com ares de algo importante, faz mal à saúde.

2)egoísmo, gente que não está nem aí para o outro, ouvir então... Você capricha na oratória e lá está o sujeito pensando na morte da bezerra. E com requintes de crueldade: o projeto de espectador balança a cabeça em sinal de concordância, balbucia alguma onomatopeia etc., e você, incentivado, segue em frente achando que está abafando! Humpf, ledo engano!

Um comentário:

minutoyoga disse...

É a história de não estar presente no momento presente...