domingo, 4 de setembro de 2011

Ai que Raiva que dá!

Uma das piores sensações que tenho é aquela que me acomete quando saio do cinema "odiando" o filme exibido.
E proporcionalmente a coisa toma uma envergadura maior quando a tal película é cultuadíssima. Ou como dizem: "está causando"!
"A Árvore da Vida" é uma dessas porcarias que inexplicavelmente caem nas graças dos entendidos.
São 2 horas e meia de muita pretensão sobre O NADA.
Lembrando que o longa conta com Brad Pitt e Sean Penn. Eles estão no filme? Só se for pelo queixo pronunciado à la Marlon Brando em "O Poderoso Chefão", que ele(Brad Pitt) já havia adotado magistralmente em "Bastardos Inglórios" e acho que, em função de uma cãibra eterna, a coisa congelou para a frente a parte debaixo da mandíbula.
E o Sean Penn sempre com aquela cara de coitado e de quem está sentindo dor... Quanto será que ganhou para ficar andando de terno em busca do que nem o tal diretor do filme sabe o que é!?
Aliás, o dirigente do filme em questão acha que conseguiu explicar o maior enigma posto na Terra para quem acredita em Deus. Resultado: uma chatice!
Tentou misturar "2001, Uma Odisseia no Espaço", com "A Paixão de Cristo" e fez um amontoado de baboseiras.
A sala estava cheia, uns 100 espectadores, guerreiros e pacientes: ninguém abandonou o cinema antes do final.
***
Lembro de uma experiência realizada em Santos, mais parecida com a "Pegadinha do Mallandro".
Pegaram uma sala conhecida e respeitada por exibir os chamados filmes de arte; convidaram cerca de 70 pessoas da elite intelectual e econômica do balneário.
Naquela noite especialíssima, o pessoal poderia apreciar um raríssimo Fellini, recuperado por algum mecenas sabe-se lá como. Com direito a coquetel após o espetáculo!
Desfile das melhores roupas, perfumes importados e troca de gentilezas entre os convivas.
Pós-filme, as animadas e eruditas rodinhas, regadas ao mais borbulhante espumante, teciam elogios embasbacados e boquiabertos sobre a genialidade de Federico.
Nota deste escriba: o filme exibido não era do Fellini. Tratava-se de uma razoável edição de pedaços de alguns bons filmes de vários diretores e outros de gosto bem discutível.
Tinha Fellini, somados, uns 10 minutos de "E la Nave va".
Moral da História: te cuida, Inácio Araújo!

#Dói o estômago de tão ruins:
"A Árvore da Vida"; "Apenas uma Vez" e "Caché".