sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Cidades


Cidade que te expulsa, que não te convida para conviver com ela, que temos embates cotidianos. Tem de tudo, de tudo mesmo! O que você quer e precisa e o que você não quer de jeito algum. E vai se acostumando... O que tem de melhor (e não é pouca coisa) não é dela (está nela), não veio de nascença. Foi criado depois pelas pessoas que foram ficando. E se acostumando... Então não é mérito dela, a cidade, mas de quem habita. O que ela ainda tem ou tinha para oferecer está mais pra lá do que pra cá, aqui, ok, por culpa nossa. Mas mesmo assim não se trata de coisas extraordinárias. Cresceu demais e se perdeu, se desconjuntou. Não se reconhece mais, igual plástica mal feita. Tropeça nos próprios pés. Virou um amontoado de tudo e de gente também. Por isso sempre que podemos, escapamos. E quando é para alguma cidade do exterior civilizado, de cara percebemos como é possível viver, pensar, conviver, agir de maneira muito diferente. E até se acostumar! Quando a fuga é por aqui mesmo, notem que lamentamos apenas o fato de tal cidade não ter restaurante bacana ou cinema ou teatro... Ora, isso o homem põe de pé a hora que quiser. E mesmo que não ponha, é só inverter a convivência: ser feliz, usar diariamente a nova cidade em si e quando quiser aquela peça de teatro, visitar a tal cidade que tem tudo!
PARABÉNS.

Um comentário:

minutoyoga disse...

É... a cidade que expulsa e propicia não-encontros já teve dias melhores na minha galeria de preferidos, mas ainda assim me trouxe grandes encontros e, inclusive, O ENCONTRO!
Feliz Aniversário pra ela!