
Ronaldo e os Travestis. Qual o problema? Onde está a gravidade? Ok, ok, entendo que um ídolo, exemplo para crianças e jovens, tem que ter cuidado redobrado nas suas ações. Mas a vida particular não pertence mais ao particular. Nos pertence! É o fim...
Ok, ok, entendo que seria preocupante, seria, se tivéssemos relatando e debatendo um episódio em praça pública, aos olhos de todos... Mas não se trata disso. O cara estava em um motel, local onde 99% da população que se diz correta, apronta, faz coisas inimagináveis! E o que é que tem isso?!
O problema neste folhetim é "apenasmente" o fato de ter vazado!
E ainda somos obrigados a engolir pérolas como: "O que o Ronaldo está fazendo com a carreira e a imagem dele"?! "Ele que tinha tudo para ser um Pelé"! Será que os que afirmam isso se esqueceram de que o maior jogador de futebol de todos os tempos não reconheceu uma filha?! Foi incapaz de visitá-la quando estava se retirando dos gramados terrenos?!
Ídolos... O peso que eles têm é a exata proporção da nossa necessidade de realização no outro. Da nossa incapacidade. Das nossas frustrações! Tremenda injustiça a cômoda e malandra transferência de responsabilidade, como se o ídolo tivesse que ou pudesse substituir as nossas falhas cotidianas. Quem escolhe o ídolo somos nós! Ninguém se auto-intitula ídolo. E cada um tem o seu. Ainda bem! Já imaginaram que sem graça se todo ídolo fosse bem comportado, de um bom mocismo irritante!?
A História nos obrigaria a ignorar Jimmy Hendrix, Cazuza, Nélson Rodrigues e tantos outros... Todos esquecidos por reconhecido e julgado mau exemplo.
Que uma ou outra empresa queira romper contrato com ele, ok... Mas daí a crucificá-lo.
*Só para lembrar: estamos falando de um jogador de futebol, centroavante, craque. A única responsabilidade que ele tem é com as redes adversárias.
Cada 1 com seu Fenômeno, com sua pedra.