sexta-feira, 6 de maio de 2011

Falta de tempo...

Eu sei que escrevo tarde, mas entendo que ainda vale. Sobre o tresloucado assassino de Realengo: obviamente trata-se de um episódio isolado e totalmente imprevisível. Doloroso, é claro.
Mas, no dia seguinte comentei na Rádio BandNews FM de Ribeirão Preto/SP(96,7), que gostaria muito de ver a mesma mobilização das autoridades, dos governantes, da sociedade civil, para pelo menos minimizar os "massacres" diários de crianças, pré-adolescentes e adolescentes.
Gente que falece aos poucos, lentamente... Ou como se estivesse naquelas salas de aula de Realengo. BANG!
É o abandono! O crack, as ruas, os semáforos etc.
E isso não comove, não gera mobilização, não produz reações e atitudes concretas?! Nos acostumamos com essas paisagens, embrutecemos.
Isso sim é inexplicável.

Recentemente li a autobiografia do Agassi. Relatos minuciosos de uma inquietação, uma busca incessante por "se entender", que não tem como não ser solidário. E mais: impossível não se enxergar nesses turbilhões pra lá de humanos e que algumas correntes, ávidas por resultado, ainda rotulam como "frescuras".
Resumidamente, destacaria: o fato dele ODIAR tênis pra valer; mesmo assim ter sido O NÚMERO 1 em dois momentos distintos da carreira; perseguir a perfeição; os críticos de plantão rotularem certas atitudes o tempo todo como se conhecessem intimamente o que ia pela cabeça do cara, e errarem pernósticamente todas essas pretensiosas tentativas de defini-lo... E por aí vai!

O livro vale pela "humanidade" da exposição de alguém que é uma crise ambulante, com raquete e tudo. E provoca na gente aquela sensação juvenil: "queria ser amigo desse cara"!

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